Pois saiu como entrevista exclusiva nesse veículo eletrônico, referência para profissionais de redações e assessorias de comunicação que adoooram saber do vaivém do mercado jornalístico e da comunicação empresarial. Traz bastidores da produção do livro "O Cavaleiro da Saúde". Confira:
"Silvia Czapski lança livro com a história do pai, pioneiro da medicina de grupoEm tempo: eu estou, na foto acima, com Maria Rosa Lioi, que não é jornalista mas já trabalhou muitos anos assessorando jornalistas - inclusive eu - e fez questão de remeter a imagem! (Silvia Czapski)
Silvia Czapski e André Medici autografam nesta 6ª.feira (1º/7) Dr. Juljan Czapski - O cavaleiro da Saúde - A trajetória do médico, especialista em saúde pública e criador dos planos de saúde no Brasil (Novo Século), na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073), de 18h30 ás 21h30. Juljan Czapski, pai de Silvia, deixou a Polônia ainda adolescente e enfrentou dois anos de guerra mundial antes de chegar ao Brasil, onde, médico recém-formado, idealizou a primeira empresa de medicina de grupo do País, em 1956, e dez anos depois fundou a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (ver J&Cia 795).
Silvia diz sempre ter achado que a história de vida de qualquer pessoa torna-se interessante se for bem contada, "mas tem gente cuja vida teve lances tão extraordinários que fica mais fácil fazer dela um belo romance". Esse, segundo ela, "modéstia à parte", é o caso de seu pai, que também fundou e presidiu a AIPA (Associação Ituana de Proteção Ambiental), em Itu, no interior de São Paulo, por mais de 20 anos. Silvia - que no início da década de 1980 criou com um grupo de amigos o tabloide Macchina, o jornal do automóvel, distribuído em postos de combustíveis, foi assessora de imprensa na Assobrav e, em 1985, deixou o setor para se dedicar a temas ambientais -, conversou com J&Cia sobre a produção do livro.
Jornalistas&Cia - Você pode fazer um resumo do que foi esse trabalho?
Silvia Czapski - Tive honra de compartilhar a autoria com o economista e historiador André Medici, homem da área de saúde para a América Latina no Banco Mundial, em Washington. Antes de tudo, um admirador do médico-ambientalista, cujo olhar crítico sobre a evolução do setor de saúde faz dele um requisitado palestrante. Como filha, sou suspeita para dizer. Mas confesso que fui me apaixonando pelo personagem na medida em que escrevia.
Tarefa duríssima do ponto de vista emocional, dado que começamos o projeto com ele vivo - ótimo, grande contador de histórias -, mas logo descobriu um tumor cerebral. Dr. Juljan nos deixou em poucos meses, em janeiro de 2010. Na sua partida, uma ironia do destino, como muitas que ele vivenciou em 84 anos de vida: não conseguiu atendimento domiciliar, pois a seguradora alegou ter prestado a cobertura prevista contratualmente. Tínhamos poucas horas de entrevistas com ele. Apoiamo-nos em mais de 1,5 mil documentos que ele deixou (em grande parte, inéditos) e numa corrente solidária de pessoas que conviveram com ele e deram depoimentos pessoalmente, por telefone ou por e-mail.
J&Cia - Em que outras fontes você pesquisou?
Silvia - Faço esse comentário pela primeira vez: depois da internet, ninguém mais escreverá biografias da mesma forma. Usufruí do Google Maps para visualizar a rota de fuga de Dr. Juljan, que passou por vários países europeus e africanos, até chegar ao Brasil, uma saga de dois anos durante a II Guerra Mundial. Encontrei vídeos no YouTube e no Vimeo que me fizeram mergulhar no clima de cada período da vida de meu personagem. Dos loucos anos 1920 - década em que ele nasceu - ao tecnológico início do século 21, passando por períodos importantes, como o desenvolvimentismo dos anos 1950, época em que ele criou a Policlínica Central, primeira empresa de Medicina de Grupo do País. Uma delícia! Por meio de sites de busca, localizei artigos de analistas ou de testemunhas da história, importantíssimos para contextualizar a vida do médico-ambientalista (até textos do próprio Juljan que eu não conhecia, em sites do setor saúde!). Descobri na Wikipédia uma ferramenta para traçar a linha do tempo. Claro que faz parte desse jogo de descobertas ter paciência para checar a veracidade de cada informação, contrapondo com o que outros colocam a respeito. Mas tudo isso me deu o pano de fundo do romance da vida de Dr. Juljan.
J&Cia - Segundo soubemos, você não ficou só no livro...
Silvia - É verdade. Para quem quer ir mais fundo, construímos o site http://www.doutorjuljan.com.br/, que traz, por exemplo, dezenas de artigos escritos por Dr. Juljan e boa parte dos depoimentos que mencionei. Enquanto isso, o blog http://www.doutorjuljan.blogspot.com/ vai contando histórias divertidas que não entraram no livro, e fatos em torno dele, como lançamentos e comentários. Tem até um incrível vídeo-homenagem de 7 minutos, com fotos e trecho de filme da imponente fazenda onde ele nasceu em 1925. Postamos no Vimeo e no YouTube. Na época (2008) ajudei a produzir, mas agora o vejo como um trailer do livro, que traz muitas histórias divertidas e inéditas do Brasil na segunda metade do Século 20. Um Brasil que os brasileiros desconhecem!
ops! faltava o título da matéria. Agora corrigido! (Silvia Czapski)
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