quinta-feira, 27 de maio de 2010

Por que "O Cavaleiro da Saúde"?

É o título de um artigo de André Medici sobre Dr. Juljan, em seu blog Monitor da Saúde (http://monitordesaude.blogspot.com/2010/01/juljan-czapski-o-cavaleiro-da-saude.html - vale a leitura)

Resolvemos estender o título, para todo o projeto! (Silvia Czapski)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Cavaleiro da Saúde

Blog, exposição, site. Tudo ao mesmo tempo, nesta semana de 24 a 30 de maio de 2010.
Uma corrida do bem, pra dar tudo certo.

Segue então, o release que preparamos, explicativo de onde chegamos, até agora, e como queremos continuar. Aos poucos, queremos rechear esse espaço com notícias e pequenas ou grandes descobertas que nascem da pesquisa para o livro sobre Juljan Czapski, O Cavaleiro da Saúde.


Exposição na Hospitalar 2010 homenageia criador da Medicina de Grupo e dos Planos de Saúde no Brasil

Também idealizador do Congresso Latino Americano de Serviços de Saúde – ClasSaude - Dr. Juljan Czapski faleceu em janeiro. Também será lançado site e, em 2011, um livro sobre sua trajetória.

"Brasileiro por opção e orgulho, Dr. Juljan Czapski foi uma pessoa que, com dedicação e humildade, idealizou o conceito da Medicina de Grupo no país, semente do importante segmento dos planos de saúde.”


Assim começa o texto do primeiro painel da exposição-homenagem “Dr. Juljan Czapski - O Cavaleiro da Saúde”, que permanecerá em cartaz de 25 a 28 de maio na Hospitalar 2010, no espaço dedicado aos mais de 60 congressos e seminários simultâneos do Fórum+Feira.

Idealizador do Congresso Latino Americano de Serviços de Saúde, que acontece desde a primeira Hospitalar, foi Doutor Juljan quem trouxe para a sua primeira edição, em 1994, o diretor geral da Organização Mundial da Saúde, Dr. Hiroshi Nakajima, além de sete ex-ministros da saúde da Europa. Ainda atuava como coordenador científico do evento internacional, quando faleceu em 12 de janeiro de 2010.

Criada com a parceria da Amil, Hospitalar, Intermedica e três entidades em que teve forte participação – Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Sindicato dos Hospitais do Estado de São Paulo (SHINDHOSP) e Federação dos Hospitais do Estado de São Paulo (FEHOESP) – a exposição compõe-se de seis painéis, com cerca de 50 imagens escolhidas entre as mais de mil fotografias e 2 mil documentos do acervo pessoal do médico.

Os textos acompanham e contextualizam a vida dessa personalidade na área da saúde, que vivenciou a surpreendente evolução da Humanidade no último século. Nascido numa tradicional fazenda na Polônia, quando criança, o pequeno Juljan ia de carruagem para a escola. Saiu de cenário em plena era da tecnologia da informação.

Exposição, site, livro
A mostra “Dr. Juljan Czapski – o Cavaleiro da Saúde” é o primeiro produto de um projeto maior, que inclui a produção do site doutorjuljan.com.br e um blog, que entrarão no entrar no ar em 26/5, dia seguinte ao da abertura da exposição, e de um livro, com lançamento previsto na Hospitalar 2011.

Escrito pela filha, a jornalista Silvia Czapski, e André Medici, economista sênior do Banco Mundial para a área da saúde na América Latina, a publicação partirá da farta documentação deixada por Dr. Juljan, e de depoimentos de pessoas que conviveram com ele, para traçar sua trajetória.
Num segundo momento, os materiais mais significativos, avaliados, reproduzidos e sistematizados, poderão integrar um centro de referencia sobre a evolução da medicina de empresa e das empresas médicas no Brasil.

Sobre Dr. Juljan

Nascido em Poznan, Polônia, Juljan Czapski deveria herdar a fazenda Obra, há mais de 100 anos de posse da família. Mas em 1939 eclodiu a 2ª Guerra Mundial, com a invasão da Polônia pelo exército nazista. Aos 14 anos, Juljan enfrentou uma verdadeira odisseia, com a mãe e irmãos mais novos, para chegar ao Brasil, sua nova pátria. Nos primeiros anos por aqui, viveram agruras similares às de tantos imigrantes europeus que refizeram suas vidas e contribuíram para a evolução da cultura e a ciência no país.

Foi no Brasil que Dr. Juljan descobriu a medicina como vocação. Em 1956, cerca de um ano após a formatura como médico, percebeu, antes dos outros, que o desenvolvimentismo dos anos 1950 gerara uma nova classe de pessoas sem acesso aos serviços de saúde.

Fundou a Policlínica Central Ltda, com intenção de oferecer bons serviços médicos e de prevenção às doenças, sobretudo a empresas de pequeno e médio porte. Na época, o termo terceirização sequer tinha sido pensado.

Também foi ele quem idealizou a primeira franquia brasileira da área de saúde quando o termo também não existia: a Policlínica Central de Porto Alegre, formulada em 1963. Três anos depois, representantes de 11 empresas existentes na época, formaram a Associação Brasileira de Medicina de Grupo, da qual Dr. Juljan foi o primeiro presidente, por dez anos.

Um pouco mais tarde, à frente dos Empreendimentos Hospitalares São Jorge, ajudou a fortalecer e criar entidades e eventos também nesse segmento. Além de organizações nacionais, pertenceu a oito entidades internacionais do setor, entre as quais a Federação Internacional de Hospitais, onde foi vice-presidente, e a Royal Society of Medicine, de Londres.

Em 1978, foi o único brasileiro presente na Conferência de Alma Ata, de onde saiu a moderna concepção de saúde pública. A partir dos anos 1990, representando o Sindicato dos Hospitais do Estado de São Paulo, do qual foi diretor, foi ativo participante dos conselhos municipal e estadual de saúde, em São Paulo.

Dr. Juljan (ou Julian, como muitos o chamavam) lutou por políticas públicas na saúde seguindo uma diretriz, que resumiu numa única frase em 2008, ao receber o premio Personalidade do Ano na Área da Saúde, da Hospitalar e entidades parceiras: Meu lema sempre foi fornecer à população um bom nível de Serviços de Saúde. Entre suas grandes preocupações estavam a gestão na área pública ou/e privada e a formação e capacitação de recursos humanos nessa área.

Casado com a artista plástica, fotógrafa, filósofa Alice Brill, ele também se destacou nos campos da cultura e da ecologia, antes do termo ser moda. Foi fundador do Museu de Arte Moderna de São Paulo e, posteriormente, seu diretor. Em 1986 estruturou em Itu a Associação Ituana de Proteção Ambiental, que distribuiu mais de um milhão de árvores nativas, bem antes de se falar em replantios para combater mudanças climáticas.